HISTÓRIAS DE TERROR #43- O Porta Jóias
O PORTA JÓIAS
Phillip estava sentado na janela do quarto de seu apartamento no décimo terceiro andar de um condomínio de luxo. Estava nu, molhado e sujo, com as pernas pra fora da janela e com vontade de pular. As lembranças de sua vida passavam pela cabeça na fração de um segundo, o abandono da esposa, a doença e morte da filha, perda da moral e a falência financeira. Depois de tudo isso seus amigos e família o abandonaram. Onde estavam aqueles que juraram que o amavam e nos momentos de alegria estavam sempre presente? Não, ninguém estava ai para ajudá-lo, ninguém iria implorar para que ele mudasse de idéia ou tentar segura-lo, sua vida estava destruída e ele sentia impotente para mudar qualquer coisa.
E todo esse inferno que vinha vivendo? Ele não acreditava no sobrenatural, mas as visões que tinha pareciam tão reais, como se ele pudesse tocá-las e senti-las. Não que alucinações eram novidade para ele, depois da morte da filha, passou a usar cocaína varias vezes ao dia, mas as visões eram diferentes, tinham um sentimento distinto e uma sensação de realidade. Por ser muito orgulho nunca procurou ajuda de médicos, mesmo sabendo que talvez a loucura o estivesse consumindo e a qualquer dia não ia mais distinguir o real da fantasia e agora estava pagando por isso.
Ele se olhou nessa situação, o medo e a fadiga neste instante o fez desistir de pular. Imediatamente colocou uma das pernas para dentro do apartamento e uma musica começou a tocar. O horror tomou conta de sua alma novamente, ele olhou para traz e viu o porta-jóias que pertencia sua filha em cima da cama com a bailarina rodando.
“Merda” – disse Phillip
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